Uma das maiores contribuições de Sigmund Freud para a psicologia, a partir de seus estudos de psicanálise, foi a descoberta e a sistematização do nosso inconsciente.
Freud sistematizou a mente humana em três partes principais: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.
Conheça o que essa teoria diz e entenda melhor como funciona nossa psique.
Para Freud, o consciente é a parte que está prontamente acessível da nossa mente e corresponde a apenas cerca de 30% dela.
No consciente está tudo o que estamos ciente num dado momento: as percepções dos sentimentos, pensamentos, lembranças das tarefas corriqueiras e pessoas que participam da nossa vida diária, além das fantasias que construímos. Estes são exemplos do que fica na nossa consciência.
Já no pré-consciente, uma área já menos exposta da mente, encontramos todos aqueles conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; nesta área do psíquico ficam registradas lembranças de ontem, o segundo nome das pessoas, as ruas onde moramos e trabalhamos, datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências.
O Pré-consciente é como uma “área de consultoria” onde o consciente busca as lembranças e informações de que precisa para desempenhar de maneira satisfatória suas funções. Sua posição é estratégica, pois fica entre o consciente e o inconsciente.
Por fim, segundo Freud, a maior parte da psique humana, cerca de 70%, é composta pelo inconsciente e é sobre ele que o pai da psicanálise detém a maioria de seus estudos, descobrindo que os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos humanos ficam nessa região mental. Entretanto, todas essas informações (esses “materiais”, para a psicanálise) não estão disponíveis livremente à consciência do ser humano.
Segundo essa teoria, o ser humano não “esquece” de nada no decorrer de sua vida, mas, na verdade, exclui os registros da consciência e os guarda no inconsciente. Nele ficam registradas as lembranças de experiências traumáticas do sujeito, seus desejos não concretizados (ou seja: os “desejos reprimidos”) e também os impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.
De todo modo, esses pensamentos ou memórias ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente. A ansiedade e o medo são os principais exemplos de como o inconsciente influencia a nossa vida diária. Muitas vezes, temos medo de algo porque aquilo remonta alguma experiência traumática anterior, para exemplificar.
Por guardar informações tão importantes, muitas questões do sujeito podem encontrar respostas em seu inconsciente. E, para acessar essas informações, existem métodos psicanalíticos. Nesse processo, com auxílio profissional e de recursos técnicos, o homem consegue acessar suas memórias inconscientes e, assim, entender inquietações e ansiedades que o afligem.
Essas são as três principais partes da mente humana para a vertente psicanalítica da psicologia. É certo que o funcionamento delas e a relação entre as três são bastante sofisticados e requerem um estudo mais aprofundado, mas, em linhas gerais, você pôde conhecer um pouco do que acontece em nossa mente e como isso afeta nossa vida enquanto sujeitos.
5 comentários a “A mente humana segundo Freud: Inconsciente, Pré-consciente e Consciente”
Sempre bom reler e relembrar. Muito obrigada! Identifico-me porque gosto de “traduzir” os conteúdos para pessoas comuns e você o faz com mestria. Gratidão
Muito obrigado pelo feedback, Ana o/
Olá, bom dia!
Fiquei muito satisfeita por ter encontrado esse blog, pois suas informações são claras e de fácil compreensão.
Obrigada!!!
Vc explica de uma forma muito entendível. Pelo menos para mim flui muito bem. Parabéns
Valeu, Rodrigo!